Força-tarefa prende mais dois suspeitos envolvidos no assassinato

Força-tarefa prende mais dois suspeitos envolvidos no assassinato

 

 

Força-tarefa prende mais dois suspeitos envolvidos no assassinato

A Polícia Civil de São Paulo prendeu mais dois suspeitos de envolvimento no assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrido em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Com essas detenções, a força-tarefa criada para investigar o caso já contabiliza três prisões relacionadas ao crime.

Na tarde de sexta-feira, 6 de dezembro, agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) detiveram Marcos Henriques Soares Brito, de 23 anos, em sua residência. Durante a abordagem, foram encontradas 110 munições de fuzis calibres 7,62 mm e 5,56 mm, localizadas em sua motocicleta e em um veículo pertencente a seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos. Ambos foram autuados em flagrante por porte ilegal de munição e negaram envolvimento no crime.

As investigações apontam que Marcos teria auxiliado na fuga de Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, identificado como o “olheiro” que, de dentro do aeroporto, sinalizou a presença de Gritzbach aos executores. Após o crime, Kauê teria se refugiado no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, sendo posteriormente expulso por traficantes locais preocupados com possíveis operações policiais. A suspeita é que Mateus Soares Brito, irmão de Marcos, tenha trazido Kauê de volta a São Paulo. Mateus foi preso na madrugada de sábado, 7 de dezembro, junto com um casal do Rio de Janeiro que estava hospedado na casa de Allan. O casal foi liberado, enquanto Mateus teve sua prisão temporária solicitada pelo DHPP.

Em depoimento, Mateus teria confessado ser membro do PCC e admitido ter auxiliado Kauê na fuga, inclusive adquirindo celulares para facilitar a comunicação. Sete aparelhos foram apreendidos durante a operação. Análises indicam que o celular de Mateus esteve ativo na região do aeroporto de Cumbica uma hora antes do crime, sugerindo possível participação direta no assassinato.

A força-tarefa continua as buscas por Kauê do Amaral Coelho, que permanece foragido. A Secretaria de Segurança Pública oferece uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à sua captura. Além disso, Matheus Augusto de Castro Mota, comerciante de carros suspeito de fornecer os veículos usados no crime, também é procurado.

O assassinato de Gritzbach, que colaborava com as autoridades fornecendo informações sobre as operações do PCC, chocou o país pela ousadia dos criminosos. A força-tarefa reafirma seu compromisso em elucidar o caso e responsabilizar todos os envolvidos.

Com informações da Agência Estado.