Polícia apreende submetralhadora fabricada com impressora 3D

Em uma operação realizada no Conjunto Habitacional José Richa, em Sarandi, a Polícia Militar do 32º Batalhão, por meio da equipe Rotam I, prendeu um traficante de 24 anos portando uma submetralhadora de fabricação caseira. A arma, produzida com o auxílio de uma impressora 3D, estava plenamente funcional, evidenciando a crescente utilização de tecnologias modernas na produção ilegal de armamentos.

A ação teve início após o Serviço de Inteligência da Polícia Militar receber uma denúncia anônima, indicando atividades suspeitas na região. Ao abordar o suspeito, além da submetralhadora, os policiais encontraram uma quantidade de cocaína e um artefato engenhoso: uma lata de cerveja modificada para servir como esconderijo de drogas. O recipiente, armazenado na geladeira, possuía um compartimento interno que dificultava a identificação do conteúdo ilícito, demonstrando a criatividade dos criminosos em ocultar substâncias proibidas.

O detido já possui uma extensa ficha criminal, incluindo passagens por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Diante das evidências, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Maringá, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Este caso ressalta a necessidade de constante atualização e vigilância por parte das forças de segurança, frente ao uso de tecnologias emergentes, como a impressão 3D, na fabricação de armas. A apreensão de armamentos produzidos dessa forma tem se tornado mais frequente no Brasil. Em setembro de 2024, por exemplo, a Polícia Federal prendeu um homem em Araraquara, São Paulo, que fabricava armas de fogo caseiras utilizando impressoras 3D. Na ocasião, foram encontrados diversos materiais bélicos, incluindo uma submetralhadora em processo de fabricação artesanal e várias munições

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A utilização de impressoras 3D para a produção de armas representa um desafio significativo para as autoridades, pois permite a fabricação de armamentos de forma discreta e sem a necessidade de adquirir peças em mercados regulamentados. Isso facilita o acesso de criminosos a armas letais, aumentando os riscos para a segurança pública.

A Polícia Militar reforça a importância da colaboração da comunidade, incentivando a população a continuar realizando denúncias anônimas que auxiliem no combate ao crime. A participação ativa dos cidadãos é fundamental para a efetividade das ações policiais e para a manutenção da ordem e segurança nas comunidades.