Quimera

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Representação de uma quimera em um prato de cerca de 350-340 a.C.
Belerofonte enfrentando a quimera. Gravura em terracota do século III a.C.

Quimera (em grego: Χίμαιρα, transl.: Chímaira) é uma figura mística caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas, sendo, portanto, uma fera ou besta mitológica.[1]

Origem e evolução[editar | editar código-fonte]

Oriunda da Anatólia e cujo tipo surgiu na Grécia durante o século VII a.C., sempre exerceu atração sobre o imaginário popular. De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna — metade mulher, metade serpente — e o gigantesco Tifão.[1]

Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão da Nemeia, mortos por Hércules. Criada pelo rei da Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Lícia bafejando fogo incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.[1]

Com o passar do tempo, chamou-se genericamente quimera a todo monstro fantástico empregado na decoração arquitetônica.[1]

Na Alquimia, é um ser artificial (assim como o homúnculo), criado a partir da fusão de um ser humano e animal.carece de fontes.

Na Botânica, é quando uma planta é formada por vários tecidos geneticamente distintos. Na Genética, é quando um organismo é formado por duas linhagens genéticas, sendo cada uma originária de um organismo distinto.[1]

Na Zoologia, existe um peixe denominado Quimera-antártica, que usualmente habita águas profundas nas regiões da Argentina e do Uruguai.[1]

Figurativamente ou em linguagem popular mais ampla, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda, monstruosa ou incoerente, constituída de elementos disparatados ou incongruentes, significando também utopia. A palavra quimera, por derivação de sentido, significa também o produto da imaginação, um sonho ou fantasia (por exemplo: A Quimera de Ouro).[1]

Aparência[editar | editar código-fonte]

Sua aparência é descrita diversamente nas várias narrativas mitológicas ou nas artes plásticas. Por exemplo: ⁣[1]

  • Cabeça de leão, cauda de dragão e corpo de cabra.
  • Lança fogo pelas narinas e tem uma cauda de serpente e outra de leão.
  • Teria duas asas, semelhantes às de um dragão, ligadas ao seu corpo de leão. Apesar de aparentemente não voar, algumas lendas ou mitologias mencionam o fato de poder voar.

Atualidade[editar | editar código-fonte]

Após a Idade Média, com a expansão da ideia do dragão, a quimera perdeu espaço. Visivelmente, claro nas Igrejas Católicas atualmente, com São Jorge matando um Dragão substituindo Belerofonte e a quimera.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i Borges 2002, pp. 117–118.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Borges, Jorge Luís (2002). O livro dos seres imaginários. São Paulo: Editora Globo. ISBN 85-250-0305-0 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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