Primeiro celular do mundo completa 50 anos

Martin Cooper, engenheiro da Motorola, fez a primeira ligação em um aparelho que pesava 1,4 kg e tinha 25 cm de comprimento

Primeiro celular do mundo completa 50 anos
Créditos: Valerie Macon/AFP

Há exatos 50 anos, em 3 de abril de 1973, Martin Cooper, engenheiro eletrotécnico da Motorola, fez a primeira ligação telefônica por meio de um aparelho que cabia na palma da mão. Na ocasião, Cooper ligou para um rival da AT&T, Joel Angel, para informar que havia vencido a corrida da telefonia móvel.

01/04/2023 às 12:00
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O primeiro celular, DynaTAC, era bem diferente dos modelos atuais. Com 1,4 kg e 25 cm de comprimento, o aparelho tinha bateria com duração de apenas 25 minutos. O DynaTAC 8000x só foi lançado no mercado em 1983, com um sistema analógico de transmissão de rádio que levou a Motorola a investir US$ 100 milhões.

De lá para cá, a evolução dos celulares foi impressionante. Além de tocar músicas e fazer ligações, os aparelhos atuais permitem enviar e-mails, acessar a internet, baixar aplicativos e muito mais. Os preços também mudaram: enquanto o DynaTAC custava US$ 5.000 em 1983, hoje é possível comprar um iPhone 14 Pro por US$ 999 nos Estados Unidos.

A chegada do iPhone 2G em 2007, com seu design minimalista e a funcionalidade multitouch, consolidou a fama de Steve Jobs no universo da tecnologia. Mas Martin Cooper, em entrevista à Motherboard, já imaginava um futuro ainda mais avançado para a telefonia móvel: um chip implantado atrás da orelha, com acesso a uma rede de computadores e inteligência artificial capaz de atender nossos pedidos.

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Apesar dos avanços, a dependência dos celulares tem seus efeitos colaterais, como problemas de sono, postura, irritabilidade e sedentarismo. Crianças são ainda mais vulneráveis, segundo a professora da Uerj Evelyn Eisenstein. No Brasil, 96% dos jovens de 9 a 17 anos já possuem celular, segundo a pesquisa TIC Kids Online de 2022.

Os 50 anos do primeiro celular marcam uma revolução que transformou a maneira como nos comunicamos. Mas, como toda tecnologia, o seu uso deve ser consciente e equilibrado para que não se torne uma armadilha para a nossa qualidade de vida.

Críticas ao vício em celular

Martin Cooper, engenheiro americano que inventou o celular há 50 anos, alerta sobre a dependência dos aparelhos eletrônicos. Em entrevista à AFP, Cooper disse que "o problema com os celulares é que as pessoas não param de olhar para eles". Para ele, os aparelhos têm um potencial ilimitado, mas atualmente podem estar causando uma obsessão nos usuários.

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Cooper afirmou que se sente mal ao ver pessoas atravessando a rua olhando para o celular, mas brincou que "depois que várias pessoas forem atropeladas, vão entender". Ele também reconheceu que o grande número de aplicativos disponíveis pode ser demais para muitos usuários.

O engenheiro, que tem um Apple Watch e o iPhone mais recente, disse que troca de aparelho a cada nova versão e submete-os a uma análise minuciosa. No entanto, ele afirmou que nunca vai conseguir usar um celular da mesma forma que seus netos e bisnetos.

Apesar das críticas, Cooper acredita que o celular tem um potencial virtualmente ilimitado e pode até ajudar na batalha contra algumas doenças. No entanto, ele alerta para o uso consciente dos aparelhos eletrônicos para não comprometer a qualidade de vida dos usuários.

Fonte: Motherboad, G1

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